O futuro do paisagismo urbano

Com o rápido crescimento e desenvolvimento dos centros urbanos, a população mundial está alterando a forma como vive. Até o ano de 2050, a previsão é de que 70% da população mundial estará vivendo em áreas urbanas. Só para efeito de comparação, no Brasil essa porcentagem já é de 80%.

Todo esse panorama prova a necessidade de remodelarmos nossas cidades de forma inteligente, priorizando a harmonia entre qualidade de vida e natureza. Uma das formas mais eficazes para adaptar essas áreas para os desafios do futuro é por meio do paisagismo. Projetos paisagísticos proporcionam bairros e cidades mais sustentáveis, além de urbanização atrelada ao desenvolvimento social e econômico e ao bem estar dos moradores.

Com a necessidade cada vez mais gritante desse remodelamento dos grandes centros urbanos, a arquitetura paisagística vem se expandindo cada vez mais. Confira algumas tendências do paisagismo urbano para o futuro.

Espaços compartilhados

Há uma tendência de valorização cada vez maior dos espaços compartilhados de um centro urbano. São esses os lugares onde a comunidade local tende a se reunir, turistas a visitar e, principalmente, onde socialização se intensifica.

A projeção é a de que um aumento das zonas para pedestres fará parte do planejamento urbano do futuro. Nessa projeção, caberá ao paisagismo realizar a ponte entre a população local e ambiente, de forma a integrá-los, estimulando a importante e necessária interação entre os indivíduos.

Infraestrutura verde-azul

É necessário também repensar o planejamento urbano com vista nas crescentes preocupações com as mudanças climáticas e preservação ambiental. Atualmente, os governos investem muito de seu orçamento na chamada infraestrutura cinza (estradas, ferrovias, etc.), além de gasto na reconstrução de áreas devastadas por incidentes ambientais.

O paisagismo do futuro tem como um de seus focos a chamada infraestrutura verde-azul, um conceito que visa integrar não só o ambiente urbano com a flora, como também a integração dele com o ciclo da água, aumentando, por exemplo, áreas de infiltração e evaporação, além de pensar sobre formas para tornar o ambiente em questão cada vez mais autossustentável.

Uma cidade mais verde

Os parques e áreas verdes ganharão cada vez mais espaço nas cidades. Mas a vegetação não estará restrita apenas a grandes ambientes compartilhados. O paisagismo do futuro consegue repensar o verde em áreas menos óbvias, como paredes e telhados de casas, por exemplo.

Além da necessidade óbvia de mais vegetação em nosso planeta, inserir o verde no dia a dia de uma população aumenta o equilíbrio e a harmonia entre os espaços urbanos e a natureza e estimula o lúdico e a celebração da vida, aspectos fundamentais na cidade do amanhã.

Cidades inteligentes

Se as “cidades inteligentes” ainda são exceção, a tendência é que, no futuro, ela se torne a regra. Esse tipo de cidade é projetada usando várias tecnologias para criar centros urbanos mais eficientes e hiperconectados, e que possam ser uma resposta autossustentável para enfrentar o rápido crescimento urbano.

A cidade inteligente tem como seus pilares ser verde, eficiente, altamente adaptável e não congestionada, o que faz com que seus moradores sejam mais saudáveis, tanto mental quanto fisicamente.

O futuro do paisagismo será ainda mais tecnológico

Se o mundo está cada vez mais tecnológico, faz sentido que o paisagismo do futuro também integre cada vez mais a tecnologia para solucionar os grandes problemas urbanos. Por conta disso, podemos esperar projetos cada vez mais imersivos e que integrem, por exemplo, as realidades virtual e aumentada.

Por conta disso, o paisagismo faz parte de uma importante frente que tornará as cidades mais integradas e limpas, proporcionando à população mais qualidade de vida e bem estar.